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2012 - Livro Vermelho 2013

Paepalanthus almasensis Moldenke EN

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 22-01-2014

Criterio: B2ab(i,ii,iii)

Avaliador: Rodrigo Amaro

Revisor: Luiz Santos

Analista(s) de Dados: Rodrigo Amaro

Analista(s) SIG: Marcelo, Thiago

Especialista(s):


Justificativa

Herbácea endêmica da região da Chapada Diamantina, no estado da Bahia, ocorre nos municípios de Rio de Contas, no Pico das Almas, em altitudes superiores a 1.000 m (Giulietti et al., 2009; 2013). Encontrada em Campos Rupestres sobre solo arenoso. Tem AOO menor que 500 km² e está sujeita a menos de cinco situações de ameaça em função de suas localidades de ocorrência. Suspeita-se do declínio de EOO, AOO e da redução da qualidade do hábitat, em consequência de ameaças como o fogo (MMA/ICMBio, 2007; Conceição & Neves, 2010; Secretaria do Meio Ambiente da Bahia, 2013) e o turismo desordenado.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Paepalanthus almasensis Moldenke;

Família: Eriocaulaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

Espécie descrita em Phytologia 45: 470, fig. 1980.

Distribuição

A espécie é endêmica do Brasil, ocorrendo no estado da Bahia (Giulietti et al., 2013), na Chapada Diamantina, no município de Rio de Contas, Pico das Almas (Giulietti et al., 2009). Espécie encontrada em altitudes de 1.039 m (R.M. Harley 55512) e regiões com altitudes superiores a 1.500 m (Giulietti et al., 2009).

Ecologia

Erva com escapos de 27 a 40 cm de altura; de ocorrência no Cerrado (Giulietti et al., 2013), em regiões de Campos Rupestres (Giulietti et al., 2009), com afloramento rochoso (R.M. Harley 25740). Encontrado também em altitudes superiores à 1.500 m, sobre solos de areia branca (Giulietti et al., 2009). Coletada em regiões de solo arenoso úmido (R.M. Harley 55512).

Reprodução

Erva monoica que floresce principalmente de março a maio (Giulietti et al., 2009).

Ameaças

1.3 Tourism & recreation areas
Incidência regional
Severidade low
Detalhes O turismo é uma importante atividade econômica na região da Chapada Diamantina, com grande importante fonte geradora de emprego e renda para a população local. Entretanto, o IBAMA não tem provido o PARNA da Chapada Diamantina de meios para que ele consiga se organizar para controlar a visitação e alguns problemas têm surgido e dificultado a sua gestão, tornando-a uma atividade conflitante e que requererá muitos esforços para o seu controle e manejo (MMA/ICMBio, 2007).

7.1.1 Increase in fire frequency/intensity
Incidência regional
Severidade high
Detalhes A elevada frequência do fogo na Chapada Diamantina é preocupante (Conceição & Neves, 2010). Anualmente ocorrem focos de incêndios florestais no estado da Bahia, mais especificamente na Caatinga, Cerrado, extremo sul e região da Chapada Diamantina. Estes fenômenos são ameaças constantes à biodiversidade (Secretaria do Meio Ambiente da Bahia). Ocorrem de maneira natural, geralmente ocorrem devido a relâmpagos e têm características de localização bem definida, geralmente nos cumes das serras e locais de difícil acesso, não chegam a 1% das ocorrências e geralmente são extintos pela chuva. Porém os incêndios na região são predominantemente de origem antrópica, com motivações variadas: o uso do fogo está ligado a quase todas as atividades tradicionais da região, econômicas ou não, inclusive no interior do Parque Nacional da Chapada Diamantina. Utilizado sem as devidas precauções, o fogo trás grandes problemas para toda a região (MMA/ICMBio, 2007).

Ações de conservação

1.1 Site/area protection
Situação: on going
Observações: A espécie ocorre no Parque Nacional da Chapada Diamantina.

Referências

- Conceição, A.A.& Neves, S.P.N. 2010. Campo rupestre recém-queimado na Chapada Diamantina, Bahia, Brasil: plantas de rebrota e sementes, com espécies endêmicas na rocha. Acta Botânica Brasileira, 24 (3): 697-707.

- Giulietti, A.M.; Sano, P.T.; Costa, F.N.; Parra, L.R.; Echternacht, L.; Tissot-Squali, M.L.; Trovo, M.; Watanabe, M.T.C.; Hensold, N.; Andrino, C. 2013. Eriocaulaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponível em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/jabot/floradobrasil/FB110> Acesso em 10 de setembro de 2013.

- Giulietti, A.M.; Andrade, M.J.G; M.; Sano, P.T. Eriocaulaceae. 2009. In: Giulietti, A. M.; Rapini, A.; Andrade, M. J. G.; Queiroz, L. P. de; Silva, J. M. C. D. (Eds.). Plantas Raras do Brasil. Belo Horizonte: Conservaçao Internacional; Univesidade Estadual de Feira de Santana, 496p.

- MMA/ICMBio. 2007. Plano de Manejo para o Parque Nacional da Chapada Diamantina – Versão Preliminar. Dsiponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/imgs-unidades-coservacao/parna_chapada_diamantina.pdf>. Acesso em 03 setembro de 2013.

- SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE DA BAHIA. 2013. Educação ambiental no programa Bahia sem fogo. Disponível em: <http://www.meioambiente.ba.gov.br/conteudo.aspx?s=EAPBF&p=EDU_AMBI>. Acesso em 06 setembro de 2013.

Como citar

CNCFlora. Paepalanthus almasensis in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Paepalanthus almasensis>. Acesso em .


Última edição por Lucas Moulton em 11/11/2014 - 13:30:45